Eu sei, o amor odeia clichês…eu sei.
E ele costuma ser tão cínico, tão sarcástico e tão devasso.
Eu sei, o amor odeia galanteios e pedidos de não me deixe.
Eu sei amor.
Sei que ele surge quando a gente teima em não querer e aparece quando tô de cachecol. O amor se disfarça e coloca o dedo na porta pra não ser reconhecido.
E ele insiste que eu conheça animais peçonhentos com duplo sentido.
O amor me” mete” em cada cilada que eu não sei se é amor ou se é piada.
Tá, tudo bem o amor é bem humorado, cheio de trocadilhos. ]
O amor me faz ouvir e gostar de ritmos antes nunca apreciados, o amor é heavy metal.
O amor é cheio de tatuagens, furos, aparência medieval e um pouquinho de barriga, rs.
O amor é cigano, nômade, itinerante. O amor me tira e me devolve a capacidade de escrever.
O amor é afinidade, Justine, cinema, livros ,artes visuais e espiritualidade.
Amor é suor, tesão, ritmos violentos, arrebatamento primitivo, sorry mas amor é anal. Amor é antropofágico. O amor me Freud, mas mesmo assim eu Jung(eu sei esse trocadilho foi pior que os seus,rs).
É polissêmico. Amor é Stanislavisk, Russo e revolucionário. Amor é essa erva que Tupã me fez tomar, e eu nunca saio dessa embriaguez.
O amor é uma pintura feita por Diego Rivera, inspirada em Frida Kahlo, escrita por Chico Buarque , tocada por Chiquinha Gonzaga e lida por Pagú. É loucura que corta parte de si e transforma em arte como Van Gogh, porque o amor as vezes sangra e eu??Eu tô sorrindo baby.
Sinto-me como aqueles girassóis, perdida e sem direção na sua ausência, mas amor isso tudo é poesia, eu sei exatamente onde quero ir e com quem ir. Aquele quadro que vc me pintou, eu estava de olhos abertos Modigliani. O amor é uma corrida de cavalos, fortes e indomáveis. É seriado americano misturado com transgressões de Almodóvar. O Amor é um tango, visceral, um entrelaçar de pernas.
O amor é verbo, ação.
O amor atua, escreve, canta, dança, como ela… O amor é ficção verossímil… O amor mima, beija, despe e duela com palavras.