Hello fabulous,
como passaram o reveillón?
A minha entrada foi deliciosa, cercada de pessoas queridas, álcool(o que realmente importa) e muita alegria com direito a banho naked na piscina porque a temperatura nos trópicos, digo no Rio, às vezes chega a 55º de sensação térmica. Não está fácil pra ninguém!
Amo esses rituais, pra mim não há nada melhor que RE-começar e sobre a roupa fica a dica: nude, sempre dá sorte e a melhor maneira de iniciar o ano eh fazendo o que amamos, leia-se sexo, às vezes você precisa fazer um social, mas cinco minutos antes da virada de uma escapada e veja os fogos, viva as explosões internas and espasmos…
Deixa eu atualizar vocês com uma semi retrospectiva:
Estou de volta ao Rio desde de agosto, cheguei sedenta de conexão com a cidade. Olhos nos olhos, frio na barriga, beijo que se encaixa, fusão. Fiquei 8 meses fora(em temporada) e sinto falta daquela pegada intensa, daquele tesão que te deixa sem ar, olhos marejados, que exagero não eh? Pra mim sexo bom eh aquele que você chora no final, pode ser até de dor mesmo #soDeuspodemejulgar.
Não sou o tipo que fica à espera, cheguei não senti nada e fui em busca de estímulos externos, aquela sensação de não pertencer a lugar nenhum era de um vazio abissal, era como se parte da minha identidade tivesse sido levada, era o fim de um relacionamento, daqueles que você planeja casar e ter filho.Era o fim da Milena carioca??? Quem eu seria em SP, NY, Paris… Não caro leitor, não voltaria para minha cidade, eu só tenho idas.
Copacabana, Bolívar, a rua que me recebeu há 5 anos atrás, toda vez que inicio um projeto volto a essa rua, busco as sensações: o frenesi da novidade, o sentimento: ” nada pode me deter”, independência, um misto de loucura e racionalidade… (Cri cri cri) era só mais uma rua no mapa, sempre me senti sortuda por ter morado ali no início, a melhor localização de Copa, no baixo, onde tem vários barzinhos. Do lado do meu apê, um supermercado, acima, livraria, cinema e farmácia. Uma quadra da praia, do lado de Ipanema, era tipo “arrumei um marido rico, bom de cama, carinhoso, bonito e fiel”.
Subi e desci aquela rua varias vezes em busca de religari, dai o narrador do meu cérebro disse: cinco anos, baby, busque novas emoções. Cinco anos baby, recomece por si mesmo. Cinco anos baby, vá transar, isso sim inspira. Era isso eu precisava de uma transa arrasadora com um carioca, eu precisava ir fundo, vísceras ou útero no caso.
A ansiedade me consumia, aquela ansiedade do primeiro encontro que você não sabe se vai com ou sem calcinha.Se mantem o roteiro de: engraçada, levemente neurótica, vamos nos divertir ou equilibrada, charmosa, inteligente vamos devagar.
O Rio turbulento, sexy e esfuziante teria virado uma cidade enfadonha???? Aquela transa meia boca??? OMG o que seria do meu Sex and the Rio? Onde foi parar meu referencial atriz, cosmopolita, inteligente, bem humorada e carioca??
Era tipo uma forca, os tracinhos estavam lá, mas não existiam palavras correspondentes e quanto mais eu buscava o passado, justificativas, elas não faziam o menor sentido, era meu abismo… Meu bonequinho morreria enforcado.
Respira, confia, masque um chiclete sem açúcar, o narrador do meu cérebro insistia no dialogo esquizofrênico. Era isso caro leitor, era a ausência de respostas, eu só tinha que seguir, sem voltar na Bolívar ou nas sensações que um dia me levaram a crer que tudo seria como eu queria: convicções and orgasmos múltiplos, nem sempre o ponto G seria naquela posição geográfica, era necessário esvaziar para me sentir completa, o ápice da liberdade era aquela contradição da minha natureza que sempre soube pra onde remar.
O tempo verbal precisava mudar… Seguir sem olhar para trás, porque se eu o fizesse poderia virar pedra…. Talvez uma leve inclinada quando eu estiver D4 te dizendo: Bem-vinda ao Moulin Rouge, porque a única certeza que eu tenho eh de pertencer a mim mesmo e isso já eh o suficiente pra ser muito prazeroso. Que inicie mais um jogo, talvez um strip-poker, feliz 2016 pra vocês.